(Por Jabs Barros)
Eu poderia considerar o filme ruim, mas é preciso muitos pontos negativos para eu fazer isso. Apesar de fraco, o filme tem uma mensagem muito forte e, por mais que muitos falem mal, o filme tem pontos relevantes. Não são poucos os filmes que falam sobre redes sociais, da perda de tempo e da falta de convívio social que elas podem trazer à vida das pessoas. Entretanto, esse filme traz uma abordagem bastante diferente para o tema.
Eu poderia considerar o filme ruim, mas é preciso muitos pontos negativos para eu fazer isso. Apesar de fraco, o filme tem uma mensagem muito forte e, por mais que muitos falem mal, o filme tem pontos relevantes. Não são poucos os filmes que falam sobre redes sociais, da perda de tempo e da falta de convívio social que elas podem trazer à vida das pessoas. Entretanto, esse filme traz uma abordagem bastante diferente para o tema.
"A vida privada é de conhecimento público". Uma das grandes frases de efeito do filme. Expor-se demais é algo que nem sempre surte um efeito positivo, todos sabem, mas as pessoas têm extrema necessidade em mostrar-se ao mundo. Antisocial (título original), (os atentos à nova ortografia, ao traduzir, escrevam "antissocial"), é um filme de terror que mostra como agem as redes sociais na vida das pessoas, como se fossem um "prolongamento" de nosso corpo, de nossa mente.
Achar que o diretor cometeu excesso é um ponto de vista. Posso até concordar, mas acredito que tudo foi de propósito, bem como a escolha do gênero. Famílias, amigos, colegas de trabalho durante vários momentos no dia a dia, todos conectados, ao invés de conversarem entre si, os novos celulares à mão é a melhor companhia. Eu não vi gênero melhor. Isso é terrível. É um terror. Criar um mecanismo para descobrir o que as pessoas mais gostam e o que faria elas ficarem mais tempo conectadas, é a busca incessante dessas redes. Nada como criar um vírus que atinja a região do cérebro responsável por essa dependência às redes. É meio louco, mas é bem pertinente.
Para que eu me sinta parte do mundo é necessário que eu esteja conectado. Tudo o que faço as pessoas precisam ter conhecimento em tempo real, caso contrário, eu não fiz ou não aconteceu. Por mais bizarra que seja essa nova leva de zumbis, temos que dar o braço a torcer que foi algo original. Tudo diferente do que existe por aí. A humanidade perdeu o senso do contato físico, cara a cara, e o fato de não se ter uma rede social, significa que não se pode manter algum tipo de contato. Em um determinado momento do filme, uma das personagens nem consegue entender como isso é possível.
(SPOILERS)
O ponto mais "sem noção" e mais importante do filme, pra mim, é o momento em que eles percebem que os olhos dos mortos são, ao vivo, suas páginas sociais, como se fossem câmeras. As pessoas não veem mais o mundo com os seus olhos, com suas vontades, mas sim, com os olhos que as pessoas irão te analisar. A forma como estarei nas redes sociais é a mais importante, o que nem sempre condiz com quem eu sou, mas o que me transformei.
E, claro, teve o momentinho "broxada" do filme. Acredito que ninguém enfiaria uma furadeira na própria testa e não diria, pelo menos, um "ai". Pois é, nossa guerreira heroína do filme conseguiu essa façanha. Nem doeu. Outra merecem destaque como, por exemplo, a gravidez da personagem principal que não teve conexão com o enrendo. Bem como o final que quase pareceu com "Resident Evil" numa versão paupérrima.
No mais, acredito que pelos motivos supracitados o filme já merece ser assistido, por mais tosco que seja, isso não significa que ele não mereça a nossa atenção. As atuações não são tão ruins assim, já vi filmes tido como bons titubear nessa parte. As locações não são muitas, quase tudo se passa em uma casa, mas foi bem escolhida. Como eu disse, poderia ter sido melhor, pois a ideia é nova, viaja demais na maconha, mas não é ruim. Talvez outro diretor trouxesse uma beleza diferente ao filme. Mesmo assim, ele tem meu "like".
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